"Quando Deus quer uma obra, os obstáculos são meios" (Pe. Júlio Chevalier, mSC)







domingo, 10 de outubro de 2010

CNBB entra em campanha para minimizar números da hanseníase em todo o país.

Neste domingo, 10, cerca de 13 mil paróquias em todo o Brasil vão dar destaque especial nas missas, ao tema hanseníase. Isso porque a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abraçou a causa da doença, que tem cerca 37 mil novos casos, todos os anos, em todas as regiões do país. A mobilização aconteceu através de uma carta que a CNBB enviou a todas as dioceses pedindo que o tema seja abordado nas missas de domingo, com o objetivo de esclarecer a sociedade sobre a doença. O tema foi motivado porque neste domingo, o Evangelho do Dia trata da cura de dez “leprosos” (Lc 17, 11).

Para o secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, a Igreja entra nessa campanha com o objetivo de minimizar os números da doença, ainda elevados em todo o país. “Nós ainda temos um índice grande de novos casos e a doença ainda não foi erradicada do nosso país. Queremos caminhar nessa direção, sobretudo nas áreas mais afetadas e, quanto mais nossas crianças forem informadas acerca da doença, mais chances teremos de levar a prevenção a todas as nossas populações”, sublinhou o secretário.

Dom Dimas ainda acrescentou que a carta é um material importante nas mãos dos sacerdotes para que eles possam explicar a realidade da doença para os fiéis durante as missas do domingo. “É importante eles lerem a carta e explicarem sobre a doença para que as pessoas saibam que ela tem cura e pode ser controlada de maneira precoce em todo o país”, disse.

O coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Arthur Custódio Moreira, destacou que a força de 13 mil paróquias em todo o país contextualizando sobre a doença será importante para deixar as pessoas informadas sobre os cuidados a serem tomados para a prevenção da hanseníase. “A articulação da CNBB tem um potencial muito grande de informar com dados atuais sobre a doença e será de suma importância as 13 mil paróquias falarem sobre o assunto para que as pessoas possam tomar mais cuidado com a doença e preveni-la precocemente”.

Concordou com Arthur, a coordenadora geral do Programa Nacional de Controle da Hanseníase, Maria Aparecida de Faria Grossi. De acordo com ela, a Igreja tem capilaridade para atingir regiões que a própria saúde pública não consegue. “A Igreja pode apoiar muito essa possibilidade de levar a informação atualizada sobre a doença a todas as comunidades brasileiras. A Igreja atinge populações que muitas vezes a saúde não atinge, portanto, a capilaridade da Igreja é extremamente conhecida e nós precisamos desse apoio para que mais e mais os cidadãos consigam descobrir a sua doença precocemente e fazer o diagnóstico e o tratamento adequado para preveni-la; lembrando que o tratamento da hanseníase está disponível em 97% do serviço de saúde pública e nos serviços hospitalares especializados”.

DIAGNÓSTICO DA DOENÇA
Maria Aparecida, que é médica especializada em dermatologia, explicou também como diagnosticar a doença. “A hanseníase é detectada na pele das pessoas geralmente através de manchas. No local da mancha a pessoa não sente diferença entre o quente e o frio, a ponta e a cabeça do alfinete; não sente o tato. Esses casos devem procurar o serviço de saúde para que se tenha possibilidade do tratamento precoce”, explicou a coordenadora.

No fim da coletiva, que aconteceu na sede da CNBB, em Brasília, dom Dimas falou à imprensa sobre o conteúdo da nota em relação ao momento eleitoral, que está no próprio site da Conferência.

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