3º CONGRESSO VOCACIONAL DO BRASIL - “Discípulos missionários a serviço de todas as vocações”.

Dentre os dias 03 e 07 do corrente mês e ano, em Itaici, no município paulista de Indaiatuba, realizou-se o 3º Congresso Vocacional do Brasil, sob o tema “Discípulos missionários a serviço de todas as vocações”. O evento foi realizado pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e teve a presença de 386 animadores vocacionais, sendo 16 bispos, 159 padres, 122 religiosas, 12 diáconos e 75 leigos e leigas.

Momentos antes da cerimônia de encerramento do Congresso, como de costume, os participantes redigiram e aprovaram um documento que resumiu as conferências ministradas durante os quatro dias de encontro e deu sugestões para o Serviço de Animação Vocacional e Pastoral Vocacional (SAV/PAV). O texto será divulgado, em breve, pela Comissão Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB.

Para marcar o desfecho do encontro foi celebrada uma missa de envio, com a participação do presidente do Congresso, o frade franciscano, Dom Frei Leonardo Ulrich Steiner. Durante a cerimônia, o sacerdote declarou que, através do Congresso, os participantes puderam experimentar de novo como Deus vem ao encontro de cada um. "Se somos amados, se a medida de Deus é transbordante com cada um de nós, como não corresponder a este amor?", indagou.
Por fim Dom Leonardo fez um pequeno balanço do que foi o evento e afirmou: "Partimos daqui rendendo graças porque fomos cumulados da graça de Deus. Quando cada um de nós se sentir um discípulo missionário a serviço das vocações estaremos enriquecendo nossa Igreja com a presença do crucificado-ressuscitado". E acrescentou: "Neste tempo de luzes e sombras, talvez falte a percepção de como somos amados".

Após a celebração da missa de encerramento, o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Geraldo Lyrio Rocha, concedeu entrevista. Segundo o arcebispo, no batismo “está a raiz de todas as vocações e é por causa do batismo que se fala da dignidade fundamental de todos os membros do povo de Deus”.

De acordo com o arcebispo, quando se fala em vocação, fala-se de “chamado: chamado de Deus à vida; chamados em Cristo à santidade e chamados também, no dom do Espírito, para o serviço na Igreja e no mundo”.
“Todas as vocações se situam no interior da própria Igreja, seja para o Ministério Ordenado e para a Vida Consagrada nas suas diversas formas – como as congregações, ordens religiosas e os institutos seculares ou dos leigos consagrados –, seja a vocação laical.”
A respeito da vocação laical, o arcebispo comentou: “não são os leigos os colaboradores dos ministros ordenados, é o inverso; somos nós, ministros ordenados, que estamos a serviço do laicato, do povo santo de Deus”.
“Todos participamos, pelo batismo, do sacerdócio de Jesus Cristo, que costumamos dizer o ‘sacerdócio comum dos fiéis’. Para que este povo sacerdotal possa viver o seu sacerdócio é que alguns são chamados por Deus para este serviço do ministério ordenado. Podemos dizer, então, que o sacerdócio ministerial está a serviço do sacerdócio comum dos fiéis”, disse.
Dirigindo-se aos animadores vocacionais, Dom Geraldo Lyrio reconheceu que hoje é “extremamente desafiador” levar adiante o trabalho vocacional.
“Mas o campo está aberto porque estes jovens vivem hoje marcados profundamente pelos meios de comunicação, esta geração que vive na intimidade com a internet tem um coração que também aspira por coisas maiores; tem sede, sobretudo, de Deus”, disse.